Gostava de pedir a quem me saiba responder, se é lícito que um Banco Internacional, creditado em Portugal há longos anos. Pode usar os fiadores dum empréstimo, como co-titulares da conta do cliente, sem pedirem autorização, estando este, (cliente) em pleno uso de todas as suas capacidades físicas e mentais.
Eu sou a lesada. Quando detectei tal abuso, apresentei reclamação à Procuradoria do Cliente. Ao fim de alguns meses responderam que tinham sido usados todos os procedimentos legais. Como andava a ser maltratada verbalmente, pelo fiador, a quem nunca tinha pedido nada, pelo contrário, ele se tinha oferecido, para me tratar de tudo junto do Banco, porque tinha lá muito boas relações. Realmente vim mais tarde a saber que ele era promotor do mesmo, por isso interessava arranjar mais um cliente, só que me omitiu esse facto.
Fiz nova reclamação, desta vez para o Banco de Portugal. Mais uns meses de espera e vem a resposta que o Banco seguiu todos os procedimentos. Sentia que estavam a por-me “maluca”. Pois as ofensas continuavam e cada vez mais agressivas.
De início pensava que era uma brincadeira, pois tinha este casal como amigos, mas depressa percebi que era mesmo a sério. E sem qualquer razão, sempre cumpri os pagamentos, nunca tiveram que pagar nada por mim. Até que fiz um novo empréstimo noutro Banco e paguei duma vez só o restante que faltava pagar, (22.175,00 €), mas pensando que acabava os problemas e que me devolviam o excedente do Seguro de vida, que não tinha utilizado.
Tinham anulado o primeiro contrato de Seguro, de um ano e seguintes, e fizeram outro, apresentando-me um formulário, à primeira vista igual, mas de cinco anos, a pagar a totalidade de início, o que me deixou francamente perplexa, perguntei porquê, a resposta foi, que tinha de ser assim, era a lei. Como paguei tudo, ao fim de um ano e três meses, pensava receber o excedente dos cinco anos que tinha pago enganei-me. negaram a devolução, porque diziam que eu tinha assinado para ser assim. Uma autêntica fraude….Confrontei o fiador, pedi explicações de coisas tão estranhas.
Finalmente percebi a cumplicidade que tinha havido entre o fiador e o Banco, pois respondeu que o Banco tinha de ir buscar o lucro, que deixava de ter, por eu ter pago antecipadamente tudo. Descobri que os formulários, aparentemente iguais, eram diferentes e nenhuma informação, ou explicação me foi dada. Tudo era normal, diziam. E os fiadores que eu tinha por amigos, afinal eram cúmplices com o Banco.
Reclamei vezes sem conta, para várias Instituições Oficiais e nunca ninguém analisou este caso e ainda hoje espero que apareça alguém de consciência e me devolvam, os três anos e meio de seguro que paguei e não usufruí. À taxa de juro igual á que paguei, já me devem mais de 50.000€ . Nunca ninguém ligou, porque não posso pagar a um bom Advogado, e assim os pobres são cada vez mais explorados. e os ricos vão vencendo, com ou sem razão.
O Banco em questão, é o Barclays Banks. A ética deste Banco é nula. Sentem-se superiores e acham que podem dizer e fazer tudo à sua maneira e ninguém lhes vai à mão. Cheguei a ir aos Julgados de Paz, mas pouco valeu, porque nada investigaram e tudo aquilo é a “despachar”. Apenas condenaram o Banco a pagar uma pequena importância, para os gastos da saúde que perdi. Por três vezes entrei de urgência no Hospital. Assim, ando há cerca cinco anos nesta luta, a viver com muitas dificuldades e ninguém me dá solução. Além das dificuldades económicas, há a dor de agonia, que corrói o coração.
Deixo aqui o relato desta triste experiência, não só de alerta para os incautos, como pedir alguma “dica” útil, que me possa ajudar encontrar solução. O meu muito obrigada. Mª. do Carmo