Em Fevereiro de 2011 adquiri na Dicarmo, em Sintra, uns sofás chaselong, que em preço de “saldo” ficaram-me por 1.197 Euros. Em Outubro do ano (2013) passado verifiquei que os sofás começaram a escamar e o que, inicialmente, me pareceu poder ser um descuido (apesar das forras), depressa demonstrou ser “apenas” uma muito má qualidade da pele utilizada na confecção dos mesmos.
Em finais de Novembro, os sofás não só continuavam num processo de descamação como apresentavam bolhas de ar que rebentavam dado origem a peladas. Perante esta situação, nada normal, contactei a loja em questão que me pediu que lhes apresentasse o caso por e-mail com algumas fotos. A esse e-mail veio a resposta que nunca tinham visto algo assim, que iriam proceder à recolha dos mesmos e que eu passasse na loja para escolha de novos tecidos já que aquele estava “fora de coleção” . Após a recolha dos sofás a 20 de Janeiro de 2014 chegou-me um e-mail cerca de 3 semanas depois, as quais fiquei sem sofás, em que simplesmente diziam que em anexo apresentavam o seu melhor orçamento para reparação dos sofás, visto que os 2 anos de garantia tinham passado e a fábrica não se responsabilizava.
Para além dos custos da forragem, incluíam no orçamento as despesas de recolha e entrega dos sofás ao domicílio, algo que nunca me havia sido comunicado. Após a minha recusa a este orçamento, uma vez que considero que estas lesões se devem não a uma má utilização mas sim à qualidade do material utilizado na sua confeção, acabaram por fazer a devolução ontem (25/2/14) sem o tal custo de transporte.
Contudo, até hoje não recebi qualquer justificação para que uns sofás no valor de 1197 euros, em saldos, apresentassem este tipo de defeito. Uma vez que pretendo levar este caso a instâncias judiciais requeri, ainda durante o dia de ontem, um parecer técnico para o sucedido e confirmou-se o que pensava – utilização de material de muito má qualidade. Um material que, ao que parece, muitas fábricas utilizam por ter um custo baixo mas que com o passar do tempo dura muito menos que qualquer outro. Ao dar a conhecer esta situação no facebook deparei-me com outras pessoas que também compraram sofás na mesma loja e apresentam o mesmo tipo “de estragos”.
É realmente de lamentar que os consumidores sejam enganados desta forma, sobretudo por lojas que supostamente deveriam apresentar produtos de qualidade superior mediante os preços praticados. Ao ter escolhido a Dicarmo foi precisamente no intuito de adquirir um produto que correspondesse à expectativa qualidade/preço, contudo sinto-me profundamente enganada e lesada com esta situação.
Seria do interesse de todos nós que estas lojas e as fábricas que as fornecem sofressem uma séria inspeção e análise dos materiais que utilizam e dos produtos que vendem, por forma a não ocorrerem situações destas no futuro.