LG não assume garantia de lei

Por me considerar um cidadão cumpridor dos meus deveres e me sentir lesado nos meus direitos como consumidor, venho por este meio expor o conflito de consumo com a Media Market / LG, reivindicando justiça e bom senso na decisão da LG (Media Market ), dado que não aceito de forma alguma a recusa de responsabilidade em proceder à reparação do meu equipamento de televisão ao abrigo da garantia de lei:
1. Tendo adquirido a 30 de Março do ano em curso, um equipamento topo de gama da LG, uma TV LG modelo 49UB830V /UHD /4K, que instalei na minha residência, após 4 meses de funcionamento, este equipamento perdeu completamente a imagem.
2. Em Agosto, após ter chegado de férias, contactei a Media Market, empresa fornecedora do bem, que solicitou a assistência técnica da marca, LG, e que passados dois dias veio ao local para proceder à reparação/substituição do equipamento ao abrigo da garantia legal,
3. O técnico da assistência LG, apenas ligou o equipamento, tirou fotos, e concluiu tratar-se do painel de LCD partido. Expliquei ao mesmo que, logo após a aquisição notei que o aparelho tinha “linhas verticais e horizontais na imagem, mas que, porque tinha sido aconselhado na Media Market a utilizar um cabo HDI de qualidade e não o tendo feito, pensei tratar-se da falta de qualidade do cabo. Após adquirir novo cabo e a manterem-se, agravando-se cada vez mais a qualidade da imagem com cada vez mais linhas no ecrã, pedi para me substituírem a Box da Meo, na tentativa de fazer o “despiste” da má qualidade da imagem.
Com o agravar da situação, e reparando que sempre que tocava no ecrã para o limpar (com toalhetes adquiridos também na Media Market), a imagem piorava, até aparecer uma zona escura que veio a aumentar rapidamente até perder totalmente a imagem, solicitei então a assistência técnica a que compareceu o dito técnico enviado pela marca LG.
4. Como referi, o técnico em questão, limitou-se a ligar o aparelho, tirar uma foto e nada mais fez, mesmo com a minha insistência para que verificasse o ecrã, que não apresenta o mínimo risco, sinal ou qualquer outro sintoma que se possa dizer que algo bateu ou pressionou o ecrã: absolutamente nada!
5. Destes factos informei, quer a Media Market quer a LG (CIC- Centro de Informação ao Consumidor), refutando qualquer responsabilidade na avaria deste dispendioso equipamento, informando igualmente que o aparelho sempre esteve no local onde hoje se encontra, da não existência de crianças ou quaisquer outra possibilidade da avaria ter sido provocada na minha residência, dado que vivo sozinho.
6. Considero existir má-fé por parte da LG, que se sustenta no facto de que um painel comprometido (partido) ser da responsabilidade do comprador, avaria não abrangida pela garantia de lei, sem ter em conta tratar-se de uma deficiência do painel LCD. Não tenho dúvidas que, no caso de telemóveis, os ecrãs partidos não deixam dúvidas de má utilização, derivado nomeadamente a quedas (experiência pela qual também passei e não me senti no direito de reclamar), mas neste caso isso nunca poderia ter acontecido sem existir um sinal visível, por mínimo que fosse marcado no ecrã. A verificação pormenorizada do ecrã “in loco” retira qualquer dúvida: não existe nada, nenhum risco ou sinal que sustente a teoria da LG.
7. Um técnico de eletrónica que veio analisar o aparelho a meu pedido, refere a possibilidade de ter existido um ligeiro defeito na fabricação do painel, que veio a agravar-se com o uso e até com a ligeira pressão de limpeza sobre o ecrã, situação que realmente notei nos parcos meses de utilização.

Assim, pelos factos descritos, e não verificando da parte da entidade vendedora, vontade de resolver esta desagradável situação, pretendo dar conta desta reivindicação às entidades competentes, bem como acionar todos os meios à minha disposição para fazer valer os meus direitos como consumidor, nomeadamente através deste pedido de apoio a essa organização, de forma a que a marca LG proceda à reparação do meu equipamento ao abrigo da garantia de lei, assumindo esta empresa tratar-se de uma anomalia do equipamento vendido, deixando cair a tese de maus tratos no equipamento que na realidade nunca aconteceram.

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